O Renascimento do vinil: moda ou revolução sonora?

Já reparaste que os vinis voltaram a estar na moda?
Antes de começar a aprofundar esta temática, penso que é fundamental voltarmos uns anos atrás, ao surgimento dos vinis, para poderem ter algum contexto sobre o tema do artigo.
A primeira invenção para reprodução musical surgiu no século IX com o fonógrafo pelo nosso tão bem conhecido Thomas Edison, que utilizava cilindros rotativos para gravar som. Uns anos depois surgiu o gramofone, que utilizava discos Berliner (eram maiores e tinham maior capacidade).
O Disco Vinil de Long Play (12''/ 33 1/3 rpm) surgiu no anos 40 através da Columbia Records, tendo uma maior duração, capacidade e melhor qualidade se som do que os discos usados anteriormente feitos de goma-laca (partiam-se muito facilmente e tinham uma capacidade muito reduzida). Mais tarde, a Columbia Records introduziu o Extended Play (7''/ 45 rpm), abrindo espaço para uma luta entre os Long Play e os Extended Play.
Com o passar do tempo, os discos Long Play acabaram por ser utilizados para álbuns inteiros e o Extended Play era utilizado para singles.
Nos anos 60 foi introduzida a grande competição aos discos vinil: as cassetes. Não só tinham um tamanho ótimo para carregar connosco, como tinham funcionalidades de pausa, play, avançar e recuar. Aproximadamente 10 anos depois, a Philips começou a desenvolver os CDs (Compact Disc) que veio a deitar abaixo o mercado dos discos vinil.
A partir do ano de 2010, o vinil renasceu das cinzas tendo um crescimento constante, surgindo mais lojas de discos e feiras de antiguidades. Os discos acabaram por evoluir para ter uma maior capacidade e melhor desempenho.
Entrando realmente na temática que nos trouxe a todo este contexto histórico, o regresso do vinil, como vemos, não é apenas um capricho nostálgico ou uma moda passageira. Embora tenha certamente um elemento de estilo e vintage que atrai muitos colecionadores e jovens que procuram algo "diferente", há também um valor sonoro e cultural real por trás deste ressurgimento.
Ao longo das décadas, a música passou por muitas transformações — do fonógrafo ao streaming — mas o vinil continua a oferecer algo único: uma experiência física, sensorial e imersiva. Ouvir um disco exige tempo, atenção e até um certo ritual, coisas que se perderam com a rapidez do digital.
Por isso, penso que podemos afirmar que o renascimento do vinil é um pouco dos dois: moda, pelo aspeto estético e vintage do produto em questão; e revolução sonora, por trazer de volta um formato que valoriza a qualidade e experiência musical de uma forma mais profunda.
Fontes:
- Vinis: qual a origem e porque voltaram a estar na moda?. RTPTech, Outubro 2020. Disponível em: https://rptech.radiopopular.pt/vinis-qual-a-origem-e-porque-voltaram-a-estar-na-moda/. Acesso em 05 de Abril 2025.
- Cicero. O Renascimento do Vinil: Por que os Discos Voltaram à Moda. Cicero.net.br, Outubro 2023. Disponível em: https://cicero.net.br/musica/o-renascimento-do-vinil-por-que-os-discos-voltaram-a-moda/. Acesso em 09 de Abril 2025.
- O renascimento do vinil. O que é vinil? Molsesmusic.com, Julho 2024. Disponível em: https://molsesmusic.com/o-renascimento-do-vinil-o-que-e-vinil/. Acesso em 07 de Abril de 2025.
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